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A Rota do Oeste inicia hoje (31) o acompanhamento do transporte de uma das turbinas que compõe a Usina Hidrelétrica de Teles Pires, localizada no município de Paranaíta, a 851 km da capital. Esta é quinta e última peça a passar pela BR-163 e, desde que a rodovia foi concedida, a Concessionária dá suporte à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e à empresa responsável pelo transporte durante o trajeto.
A previsão é que a passagem pelo trecho sob concessão, até o km 855 da BR-163 em Sinop, dure entre dez e 15 dias. Durante este período, a Rota do Oeste disponibiliza um carro que escolta a passagem por todo o trecho de concessão. Ele é equipado com um sistema de rastreamento via GPS, que envia informações em tempo real para acompanhamento remoto no Centro de Controle Operacional (CCO) da concessionária. Diariamente são realizados relatórios sobre o trajeto ao longo do trecho, além do caminho percorrido durante o dia.
A Rota do Oeste também irá divulgar, diariamente, o local por onde a peça deverá se deslocar naquele dia, mantendo o usuário informado sobre possíveis lentidões e bloqueios no tráfego.
Passo a passo
O rotor, chamado de Francis, é o maior já produzido para usinas hidrelétricas da América Latina, ultrapassando as dimensões de Tucuruí e Itaipu. Até chegar em Paranaíta ele percorre um longo caminho, saindo de Taubaté, no interior de São Paulo, até o porto de Santos. Após ser embarcado, o rotor segue por mar até o porto de Montevidéu, no Uruguai, para depois embarcar em uma balsa pela Hidrovia Paraguai-Paraná até Cáceres, a 220 km a oeste da capital. Na sequência, ele segue por terra, começando pela BR-070 e depois pela BR-163.
Ao todo, de Cáceres à usina, o transporte poderá levar até 30 dias. Pela grandiosidade da carga, um veículo especial é necessário para executar o deslocamento do rotor, que tem oito metros de diâmetro e cinco de altura. Pelo tamanho da peça, é necessária a ocupação de toda a via para locomoção.
Antes de iniciar a trajetória da turbina pela rodovia, foi realizada uma análise técnica das pontes, viadutos e outras estruturas no trajeto, garantindo a passagem com segurança nestes locais.
O equipamento trafega pela BR-163 durante duas horas, em uma média de 15 quilômetros por hora. Neste período, a rodovia é interrompida nos dois sentidos. Após isso, o tráfego é liberado durante uma hora para aliviar o represamento de veículos. A média de deslocamento da carga, em casos onde não há ocorrências, é de 50 quilômetros por dia, sempre trafegando entre 8h e 17h.