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Os serviços de roçada, formação de aceiros e combate a incêndio realizados pela Rota do Oeste impactam diretamente na preservação do meio ambiente e na segurança dos usuários das rodovias sob a responsabilidade da Concessionária, especialmente no segundo semestre do ano, quando o tempo fica mais seco e aumenta a incidência de queimadas e incêndios em Mato Grosso. O período proibitivo das queimadas se inicia neste 15 de julho e deve prosseguir até 15 de setembro.
A situação do Estado é crítica. Em 2015, foram registrados 30 mil focos de calor, colocando Mato Grosso em segundo lugar no ranking nacional com maior incidência de queimadas, conforme o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O número é referente somente ao período proibitivo de 2015, de 15 de julho a 15 de outubro.
O comandante do Batalhão de Emergência Ambiental (BEA), tenente coronel Paulo Barroso, aponta que as atividades desenvolvidas pelas equipes da Concessionária são extremamente importantes, transformando a Rota do Oeste em um parceiro indireto do BEA. Ele lembra que as queimadas são uma grande preocupação do governo do Estado, que elabora um plano especial para tentar reduzir o número de incidências e de atuar de forma mais rápida e direta nas ocorrências.
O gerente de Operações da Concessionária, Fernando Milléo, comenta que a existência de fogo na margem das rodovias pode causar acidentes. “A fumaça atrapalha a visibilidade dos condutores, aumentando a chance de colisões ou outros tipos de ocorrências”, diz.
Para o combate direto do fogo, a Concessionária dispõe de cinco caminhões pipa, além de 18 guinchos leves com abafadores, que permitem aos colaboradores atuarem em pequenos focos. Milléo frisa que diante da incidência de fogo, as equipes avaliam a extensão das chamas e a melhor forma de combate. “Se for possível, os colaboradores atuam e controlam as chamas com os abafadores, ou com o acionamento do caminhão pipa. Em casos mais graves, o Corpo de Bombeiros também é chamado”.
No primeiro semestre deste ano, as equipes foram responsáveis por controlar e apagar 283 focos de incêndio, 45% a mais que no mesmo período de 2015, quando foram registradas 194 ocorrências nas três rodovias, BR-163/364 e BR-070.
De forma preventiva, as equipes de conserva realizam permanentemente a roçada (limpeza/corte da vegetação a margem da rodovia) e ainda a formação de aceiros (barreira que impede o alastramento do fogo). Somente no mês de junho, as equipes de conserva atuaram em 695 quilômetros das rodovias sob a responsabilidade da Concessionária.
“Com a roçada, o fogo e a fumaça não atingem a rodovia, o que representa uma segurança para os usuários. E os aceiros impedem que as chamas se alastrem e atinjam alguma propriedade”, comenta o gerente de Obras da Concessionária, Thales Mariano.
Segundo o tenente coronel Barroso, muitos focos de queimadas que se iniciam nas margens das rodovias são provocados por usuários que jogam materiais pela janela dos veículos. “Quando a vegetação está mais baixa, existe menos material combustível para queimar, o que facilita nosso trabalho para reduzir o número de focos de incêndio em Mato Grosso”, explica.
O conjunto de ações realizado pela Rota do Oeste se soma à Campanha de Combate e Prevenção às Queimadas 2016. Para este ano, o governo contará com 18 unidades do Corpo de Bombeiros, instalada nos maiores municípios de Mato Grosso; oito brigadas municipais mistas, envolvendo Prefeituras, sociedade civil, Corpo de Bombeiros e brigadistas; duas viaturas específicas para o trabalho de perícia, que visa identificar e responsabilizar os envolvidos nos incêndios ou queimadas, além de dois aviões e um helicóptero.
Crime – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) lembra que o uso do fogo durante o período proibitivo é crime. É proibido usar esse artifício nas áreas rurais para promover a limpeza e o manejo. A prática é crime passível de seis meses a quatro anos de prisão, com multas que podem variar entre R$ 1 mil e R$ 7,5 mil (pastagem e agricultura) por hectare.
Nas áreas urbanas, o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro. As denúncias podem ser feitas na ouvidoria da Sema-MT, pelo telefone 0800 65 3838, no 193 do Corpo de Bombeiros ou diretamente nas secretarias municipais de Meio Ambiente.