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Rota do Oeste apresenta o primeiro trecho duplicado da BR-163 em MT

A Concessionária Rota do Oeste realiza nesta terça-feira (28) a apresentação do segmento de 22,7 km duplicados da BR-163 que liga o município de Rondonópolis ao Terminal de Cargas da ALL (América Latina Logística). Os trabalhos no trecho, por onde circula 30 mil toneladas de grãos diariamente, foram realizados ao longo de 10 meses em parceria com a construtora Odebrecht Infraestrutura. Após finalizar a fase de acabamento e sinalização, o trecho será oficialmente entre à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

Esta é primeira vez que uma rodovia federal é duplicada por meio de concessão em Mato Grosso. A partir de maio, o tráfego de veículos na região será realizado pela nova pista, enquanto a pista original é restaurada.

A duplicação desta via atende uma demanda de representantes do agronegócio e de municípios da região para dar mais segurança aos usuários e agilidade ao escoamento da produção mato-grossense. O diretor-executivo do Movimento Pró-logística, Edeon Vaz, explica que a priorização do acesso ao terminal aconteceu graças à grande afluência de caminhões e carretas neste local para o escoamento da safra. “Praticamente toda produção do Estado passa por ali. São 13 milhões de toneladas por ano em um local de pista simples. Não era raro ver as carretas em fila pelo acostamento, provocando congestionamentos e colocando em risco a vida das pessoas”, afirma Edeon Vaz.

Para o diretor-geral da Rota do Oeste, Paulo Meira Lins, este é apenas o primeiro passo da grande transformação pela qual Mato Grosso passará. “São 22,7 km de um total de 450 km que vão mudar a realidade de quem vive e trabalha neste Estado. Mais do que redução de custos e competitividade para o agronegócio, estamos falando de vidas que serão preservadas”.

Quando se fala em redução de custos para a produção, o diretor se refere a um estudo do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) que aponta uma redução de 11% nos gastos com transporte rodoviário em Mato Grosso a partir da concessão da BR-163. O estudo leva em considera fatores como manutenção dos veículos, combustível, tempo de viagem e o valor do pedágio.

As obras

A construção da nova pista da BR-163 em Mato Grosso foi realizada a partir da parceria entre a Concessionária Rota do Oeste e a construtora Odebrecht Infraestrutura. Os trabalhos envolveram aproximadamente mil pessoas entre contratados diretos e indiretos, 295 máquinas e a instalação de duas usinas com capacidade para produzir 240 toneladas de asfalto por hora cada, a mais moderna da América Latina. Ao todo, 2,9 mil pessoas atuam nas obras de transformação da rodovia e mais de 700 máquinas estão mobilizadas.

O diretor de contrato da Odebrecht Infraestrutura, Danilo Ribeiro, explica que a duplicação da rodovia foi um desafio do ponto de vista técnico, principalmente devido às chuvas que atingem a região neste período. “Tivemos um trabalho especial de programação e planejamento para aproveitar ao máximo os períodos sem chuva. Contratamos serviços meteorológicos, diversificamos as frentes para desenvolver diferentes trabalhos simultaneamente e com isso otimizamos os resultados. Podemos dizer que foi uma duplicação em tempo recorde”.

Além do investimento em qualidade e eficiência, a duplicação da BR-163 também agrega valor às ações realizadas. Neste trecho, 96% dos resíduos sólidos produzidos nas obras foram destinados para reciclagem. Da diretoria da Odebrecht Infraestrutura aos subcontratados, todos passaram por um processo para conscientização e atuação na destinação dos resíduos.

Outra importante iniciativa foi a parceria com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (Sejudh) para a contratação de reeducandos. Atualmente, 46 reeducandos atuam nas obras em Rondonópolis. Fora isso, cinco trabalhadores que eram integrantes do sistema penitenciário e que passaram para o regime semiaberto foram contratados pela construtora. “Tem sido uma experiência muito satisfatória. Damos oportunidade para estes trabalhadores terem profissão e renda e temos tido ótimos resultados. São profissionais dedicados e comprometidos e pretendemos ampliar a ação para todos os canteiros”, relata Danilo Ribeiro.

Transposição

A partir da próxima semana, o tráfego de veículos nestes 22,7 quilômetros será realizado somente pela nova pista. A transposição do fluxo é necessária para realizar a recuperação profunda do pavimento no trecho antigo da rodovia. A previsão é que os trabalhos sejam finalizados em três meses e as duas pistas estejam liberadas.

Durante o período de transposição de fluxo, a via será sinalizada pelos operadores de tráfego e por meio de instrumentos como cones e painéis de mensagem eletrônica.