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‘Resto’ de asfalto da BR-163 recupera de vicinais a estacionamentos de escola

O material retirado da BR-163 e BR-364, durante os trabalhos de manutenção, tem sido utilizado na recuperação de vias vicinais, estacionamentos e entradas de escolas, unidades de saúde e prédios públicos de cidades lindeiras à rodovia. A doação do produto é feita pela Concessionária Rota do Oeste mediante solicitação oficial e apresentação de autorização da Secretaria de Meio Ambiente do município.

Nos últimos dois meses, período em que a Concessionária intensificou as atividades de recuperação das rodovias, foram acumuladas mais de 5 mil toneladas de material fresado, que é resultado do processo de recuperação da rodovia, por meio da retirada da camada superficial do pavimento para aplicação de nova capa de massa asfáltica (CBUQ).

Entre os locais que utilizaram o fresado está Jangada, onde a principal via de acesso à zona rural do município foi recomposta com o material beneficiando mais de 3 mil pessoas. O secretário municipal de Meio Ambiente, Júlio César Duarte da Silva, relata que solicitou cerca de 10 caminhões do produto para fazer o encascalhamento da Estrada 01, gerando uma economia à cidade, que não precisou investir na compra de cascalho ou brita.

Destaca ainda que esta era uma região alagadiça e o emprego do fresado possibilitou uma impermeabilização da região. “O resultado final ficou bem melhor e mais barato, que o costumeiro. Não precisamos pagar nada, porque foi doado pela Concessionária, e a resistência e durabilidade têm se mostrado melhor nessa região de atoleiro, que o uso do cascalho”, comenta o secretário. 

Em Nova Mutum, o fresado também é utilizado em estradas vicinais ainda não pavimentadas, estacionamentos e pátios de escolas públicas e postos de saúde. O secretário municipal de Obras, Onésio Barros Botelho, concorda que o resultado é melhor e mais resistente. “Além de o cascalho estar ficando escasso na região, o fresado, depois de esparramado, fica mais compacto e com uma melhor durabilidade e diminui a incidência de poeira. A substituição do cascalho pelo fresado está sendo bem satisfatória”, avalia.

Outro município que aderiu ao uso do material foi Sorriso, que emprega no calçamento de pátios público, como ocorre na Secretaria Municipal de Obras e Serviços. O titular da pasta, Pedrinho Gilmar, destaca que há ainda o interesse em ‘calçar’ a Secretaria de Transporte com o material. O local é usado como garagem de ônibus escolares, ambulâncias, entre outros veículos oficiais da Prefeitura.  

A coordenadora de Meio Ambiente e Qualidade da Rota do Oeste, Mariana Cillo, explica que a Concessionária segue todo o trâmite exigido pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 1.305) de armazenamento e doação. Como trata-se de resíduo inerte, que pode impermeabilizar o solo quando submetido a altas temperaturas, o fresado não pode ser aplicado em qualquer lugar. Daí a importância da exigência da guia ambiental emitida pelas Prefeituras dos locais onde será usado.

O armazenamento temporário, após a retirada do material da rodovia, também é feito em pontos próprios e recebe o acompanhamento da Concessionária. “Temos toda preocupação com o meio ambiente e acompanhamos isso de perto para evitar qualquer tipo de problema”, destaca.