Rota do Oeste

Foi concluída nesta segunda-feira (13) a passagem pela BR-163 do último rotor que será instalado na Usina Hidrelétrica Teles Pires. O equipamento, que pesa 280 toneladas, chegou ao trevo do Lagarto, região metropolitana de Cuiabá, no último dia 27 de março e levou 16 dias para concluir o trajeto no trecho sob responsabilidade da Concessionária, até o km 855 da rodovia, em Sinop. Agora, ele segue para seu destino final, em Paranaíta, no extremo norte do Estado.

A Rota do Oeste acompanhou o deslocamento de todas as cinco turbinas da usina. As duas primeiras, transportadas entre 17 e 25 de maio de 2014 e 23 a 31 de julho do mesmo ano, contaram com o apoio de uma equipe da Concessionária que realizou o estudo de impacto da passagem do veículo em toda a via, além das pontes e outras estruturas ao longo do trecho. “A ideia era garantir a segurança e integridade da carga e da rodovia durante a passagem dos equipamentos”, comentou o diretor de Operações, Fábio Abritta.

Com o início dos trabalhos do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), em setembro do ano passado, a Concessionária passou a realizar o monitoramento ininterrupto da carga por meio do Centro de Controle Operacional (CCO) e de um veículo equipado com GPS que indicava o posicionamento em tempo real na BR-163. A ação foi realizada para garantir a segurança dos usuários que trafegavam pelo trecho. Paralelamente, a Rota do Oeste produzia boletins informativos sobre o deslocamento da carga.

Os três rotores acompanhados pelo serviço de atendimento da Concessionária levaram, respectivamente, nove (de 24.11 a 03.12.2014), quatorze (de 02.02 a 16.02.2015) e dezessete dias (de 27.03 a 13.04.2015) para concluírem o trajeto de 486 quilômetros sob responsabilidade da Rota do Oeste, entre o trevo do Lagarto, em Várzea Grande, e o km 855, na zona urbana de Sinop.

De acordo com Abritta, a operação, realizada em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, foi um sucesso. “Pela grandiosidade da carga, conseguimos monitorar todo o deslocamento com o mínimo de transtornos aos usuários e, mais importante, sem qualquer registro de acidentes por conta das interrupções na via”, avaliou.

Longo Trajeto

Os rotores da UHE Teles Pires, chamados de Francis, são os maiores já produzidos para usinas hidrelétricas da América Latina, ultrapassando as dimensões de Tucuruí e Itaipu. Para chegar à usina eles saíram de Taubaté, no interior de São Paulo, e passaram pelo porto de Santos, seguindo por mar até o porto de Montevidéu, no Uruguai, para depois embarcarem em uma balsa pela Hidrovia Paraguai-Paraná até Cáceres, a 220 km a oeste da capital. Na sequência, seguiram por terra, começando pela BR-070 e depois pela BR-163.

Veículos especiais foram utilizados para executar o deslocamento das peças, que têm oito metros de diâmetro e cinco de altura. Pelo tamanho, foi necessária a ocupação de toda a via para locomoção.

Por conta disso, uma operação especial foi realizada pela empresa Alstom, fabricante da peça, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Rota do Oeste. Assim que assumiu a concessão da BR-163, a Concessionária elaborou um planejamento minucioso ao lado da PRF para viabilizar o transporte das cargas. Além disso, foi realizada uma análise técnica das pontes, viadutos e outras estruturas no trajeto, garantindo a passagem com segurança nestes locais.