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Grandes investimentos reduzem efeitos da crise em Mato Grosso

Pelo menos três obras deverão mitigar os efeitos da crise na economia nacional, prevista para 2015, em Mato Grosso. A Usina Hidrelétrica de Teles Pires, a construção do linhão para transmissão da energia produzida pela usina e a duplicação da BR-163 deverão movimentar o mercado formal de empregos este ano. Além disso, os setores do agronegócio e de serviços são os principais mantenedores do saldo mato-grossense.

Dados da evolução de empregos e desempregos divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontam que 2015 começou bem no Estado, com 6.316 contratações a mais do que demissões. Resultado inverso ao registrado no país, que fechou janeiro negativo em 81.774 vagas. 

O economista Vivaldo Lopes explica que, com a expectativa de crescimento zero este ano, Mato Grosso deverá ter os efeitos amortecidos pela agricultura e por obras como a duplicação da principal rodovia do Estado. “Nos primeiros anos da concessão da BR-163, os investimentos deverão ser maiores para que possam ser cumpridas as obrigações contratuais e iniciada a cobrança do pedágio. Isso deverá diminuir os efeitos da redução de consumo e de investimentos que há no país”.

A Concessionária Rota do Oeste, empresa responsável pela duplicação, manutenção e operações na BR-163, confirma a informação do economista. Atualmente, somente nos canteiros de obras, são aproximadamente 2.250 pessoas contratadas direta e indiretamente. “Devemos alcançar no pico das obras pelo menos 3.500 pessoas na rodovia. Além disso, ainda contamos com as equipes de operações, que somam mais 500 pessoas”, explica o diretor-geral da empresa, Paulo Meira Lins.

No norte do Estado, a construção da usina de Teles Pires emprega diretamente pelo menos 5 mil pessoas. A economia na região dos municípios de Paranaíta e de Alta Floresta mudou desde o início das obras.  Segundo o governo, a construção já arrecadou R$ 86 milhões para os municípios de Paranaíta, Alta Floresta e Jacareacanga (PA), que irão abrigar a barragem.

Apesar da ‘blindagem’ em Mato Grosso, o economista Vivaldo Lopes afirma que os impactos deverão atingir a economia local e que a geração de empregos não se manterá em níveis como os de 2012 a 2014. “Não vamos ter 36 mil postos sendo gerados por mês. Mas aqui o efeito será menor do que no restante do país”. Há um ano, o saldo de empregos no Estado era de 10.264, cerca de 4 mil a mais do que o registrado em janeiro deste ano.

Qualificação

Além de contratar, um dos principais legados deixados por investimentos como os da BR-163 é a capacitação de mão de obra. Grande parte dos trabalhadores contratados deverá participar de cursos profissionalizantes, como o projeto Acreditar. Este ano, serão quase 2 mil pessoas formadas pela Rota do Oeste e pela Odebrecht Infraestrutura, em parceria com o Senai-MT. Parte desses trabalhadores, após o término dos cursos, é contratada pela empresa, enquanto outra parte é disponibilizada para o mercado de trabalho. O Acreditar é uma iniciativa da Organização Odebrecht que já formou mais 100 mil profissionais em todo o mundo.