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Fumaça causada por queimadas reduz visibilidade e aumenta chances de acidentes

A ausência de chuva e as altas temperaturas durante o inverno mato-grossense favorecem o aumento dos focos de incêndio. O período proibitivo das queimadas no Estado completou um mês no dia 15 de agosto e, nesse intervalo de tempo, as equipes de operações da Rota do Oeste combateram 168 focos de queimadas na faixa de domínio nos 850 quilômetros sob concessão, nas rodovias BRs 163, 364 e 070, da divisa com Mato Grosso do Sul a Sinop. Um aumento de 20% com relação ao mesmo período em 2015, quando foram 140 focos.

Apenas na última semana, de 7 a 14 de agosto, foram combatidas 53 queimadas nas faixas de domínio, o que é uma preocupação constante da Rota do Oeste, segundo o gerente de Operações, Fernando Milléo. “A fumaça das queimadas próximas às vias pode atrapalhar a visibilidade dos usuários e causar acidentes. Por isso é aconselhável que os usuários reduzam a velocidade e também informem à Concessionária quando avistarem fogo na faixa de domínio para que possamos combatê-lo”, afirma.

Outro ponto destacado pelo gerente são os prejuízos que as queimadas causam. “O fogo destrói a estrutura da rodovia, como as sinalizações, além de toda a degradação do meio ambiente por onde se alastra”, comenta.

A Rota do Oeste distribui abafadores em todos os veículos de inspeção que podem ser usados para combater pequenos focos de queimadas e cinco caminhões pipa para atender aos casos de maiores proporções.

Ao todo, 94 pessoas em 12 equipes roçam uma área de 5,6 mil m² na faixa de domínio ao longo de 609 km de rodovias, onde o trabalho de manutenção é de responsabilidade da Rota do Oeste. São roçados até quatro metros a partir da margem de cada lado da rodovia durante todo o ano.

No trecho sob concessão, os usuários podem informar focos de queimada ligando para o Centro de Controle Operacional (CCO) no número 0800 065 0163.

No Estado

O aumento de focos de calor também foi observado em todo o Estado, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), crescendo 101% no primeiro mês com relação a 2015. Enquanto foram identificados 2.966 focos de calor de 15 de julho a 15 de agosto em 2015, nesse período em 2016 foram 5.981 focos de calor, o que levou Mato Grosso a ocupar o 1º lugar no país. Em 2º lugar está o Maranhão, com 3.586 focos de calor.

De acordo com o coronel Paulo Barroso, comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), o país inteiro registrou mais casos de queimadas este ano: foram 32 mil focos de calor no período ante 22 mil em 2015 (+41%). Ele explica que um dos motivos do aumento é o pico do El Niño em dezembro de 2015, que consequentemente gerou uma baixa pluviosidade no primeiro semestre de 2016.

“Isso teve consequências durante os últimos meses. No entanto, o principal fator que contribui para o maior número de queimadas no estado é o homem, mesmo com a proibição. A população tem que ser parceira do meio ambiente”, diz.

Neste ano, os cinco municípios que mais registraram focos de calor de 15 de julho a 15 de agosto são Gaúcha do Norte (445), Nova Nazaré (366), Campinápolis (284), Ribeirão Cascalheira (277) e Colniza (267). Os municípios da BR-163 não estão entre os 50 que mais tiveram focos de calor. O primeiro que aparece na lista no último mês é Diamantino (53º lugar).