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Duplicação vai reduzir a zero mortes por colisão frontal na BR-163

A ausência de pista duplicada em grande parte da BR-163, aliada a imprudência no trânsito, é um dos principais fatores que contribuíram para mortes na rodovia ao longo do ano passado. Dos 104 óbitos registrados,40, ou seja 38%, foram frutos de colisão frontal. Em 2013, foram 174 mortes. Destas, 51% ocasionadas por acidentes deste tipo. As informações são baseadas em dados Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Concessionária Rota do Oeste, que administra a BR-163.

De acordo com o levantamento, no ano passado foram 83 acidentes com vítimas fatais, sendo 32 colisões frontais (39%). Já em 2013, o número foi maior:  45% dos 131 acidentes com vítimas fatais foram batidas de frente.

O fator humano é decisivo nestes momentos, mas a duplicação da rodovia poderia reduzir estes números para zero. É o que aponta o superintendente da PRF em Mato Grosso, Arthur Nogueira. “De fato, a duplicação da via, teoricamente, exterminaria com quase metade das mortes neste trecho. Precisamos considerar também que imprudências e falha humana também colaboram para este índice, mas de qualquer maneira seriam ocorrências raras caso a rodovia fosse duplicada”, comentou.

Nogueira destaca que mesmo com a redução de mortes entre 2013 e 2014, o risco de óbito em colisões frontais é alto. “É a principal causa de ferimentos graves também pelo perfil do acidente que, em sua maioria, acontece em alta velocidade. Por isso, a PRF trabalha com foco na fiscalização e educação. A consciência ao dirigir e a melhor estrutura na rodovia têm colaborado para garantirmos mais segurança. Para 2015 esperamos continuar reduzindo tanto o índice de acidentes, quanto o de mortes”.

De janeiro até a última sexta-feira (06.03), o Centro de Controle Operacional da Rota do Oeste registrou 20 mortes no trecho sob sua responsabilidade, sendo nove (45%) ocasionadas por colisão frontal. Dos 18 acidentes com morte, oito se enquadram nesta categoria.

Desde que iniciou os trabalhos do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), em setembro de 2014, até dezembro do mesmo ano, houve uma redução de 49% nas mortes na BR-163. A agilidade no socorro às vítimas é um dos fatores que contribuiu para estes resultados, além do trabalho de sinalização e recuperação do asfalto desenvolvido pela empresa. “Para o próximo ano, um sistema de fibra ótica com monitoramento em vídeo 24 horas dará apoio aos trabalhos da Concessionária e Polícia Rodoviária Federal”, pondera o diretor de Operações da Concessionária, Fábio Abritta.

Com a duplicação, destaca Abritta, a expectativa é trazer ainda mais segurança para o usuário. Para ele, além de disciplinar o fluxo de veículos evitando ultrapassagens perigosas, a duplicação impede automaticamente a realização de cruzamentos indevidos na rodovia, que também podem causar fatalidades. “Estamos trabalhando com o objetivo de garantir que o usuário, ao entrar na BR-163, tenha o conforto e a confiança de que sairá dela com vida”, concluiu.